Adolescência: Escolhas e Renúncias

Já falei aqui sobre as dúvidas quanto ao futuro na adolescência, infelizmente esse não é o único problema nessa fase da vida. Quando escolhemos um caminho para seguir temos que renunciar a algumas coisas e esse é o preço que pagamos.

Eu nasci em Cabo Frio-RJ e ainda bebê fui morar em AL, terra natal dos meus pais, morei lá toda a minha infância e pré-adolescência, consequentemente adquiri os hábitos e cultura nordestinos, me orgulho muito disso. Mas eu sempre fui uma garota sonhadora, sempre querendo mais, estudar e saber mais, escolher o melhor curso na faculdade, conseguir o melhor emprego, o melhor salário e enfim o que todos queremos: Independência. Mas eu sabia que o lugar em que morava era pequeno para abrigar meus sonhos, e eu fiquei muito feliz quando meus pais voltaram à Cabo Frio depois de 14 anos.

Parece a realização de um sonho, e foi, mas como toda  escolha tem consequência eu tive que renunciar a vida que eu havia construído até então, tive que renunciar a uma parte da minha familia, a todos os meus amigos, tudo que eu conhecia para ir morar na minha terra natal onde eu não conhecia nada nem ninguém.
Apesar de ser uma baita mudança eu me adapto rápido, acho que é vontade de ser feliz, e estou tentando construir uma vida aqui novos amigos, vida social. Mas pra quê mesmo? Por que eu estou tentando, me esforçando tanto para ser feliz quando eu já era? Ah, sim. Para realizar meus sonhos, e se eu esquecer disso, que todo o sacrifício e renúncias que fiz são para realizar os meus sonhos, eu desistirei e se eu desistir e voltar atrás vou passar o resto da vida pensando "como seria se...".

Disso teriamos uma lição: Para realizar nossa ambições precisamos renunciar as coisas que amamos, não tem para onde fugir, todo caminho tem consequências, o que precisamos fazer são as escolhas e renúncias certas, se quisermos ser felizes. Como diria Eistein: "Faça as coisas o mais simples que puder mas não as mais simples."

Adolescencia: Dúvidas quanto ao futuro

"Onde estarei daqui a 10 anos?"
Essa é uma pergunta impossivel de responder com 100% de certeza. E essa incerteza atinge os jovens com muita intensidade.
Durante a adolescência começamos a ser pressionados a assumir responsabilidades, coisa que não estamos acostumados. Muitas vezes não sabemos lidar com isso e agimos por impulso, seguindo o instinto, e então nos chamam de rebeldes. Outras vezes por não sabermos o que fazer, não fazemos nada e nos chamam de irresponsáveis. Estamos diante de um dilema, o que fazer?

Uma das maiores responsabilidades durante a adolescência é escolher o que seremos para o resto das nossas vidas. UaU! É uma presponsa. Qual curso faremos na faculdade? Em que somos bons? Qual a área que temos aptidão? E A-GO-RA, quem poderá nos defender? Mas infelizmente ( ou felizmente? ) ninguém pode decidir por nós. É uma escolha que só pode ser feita pela pessoa que nos conhece como ninguém, ou seja, nós mesmos.
Mas aí vem a próxima dúvida: Quem somos nós?
Eu não consigo expressar quem eu sou, eu me conheço mas a verdade é que na maioria daz vezes eu me desconheço.
Então como decidir o que seremos no futuro se não sabemos quem somos hoje?
Nem todo mundo aguenta a pressão, ás vezes desistimos do futuro, e tudo que queremos é viver o agora, sem se importar com o arrependimento depois, e quando as pessoas puxarem nosso pé e e reclamarem sobre o quão inconsequentes estamos sendo nós culpamos a idade, a adolescência.

Nenhum, repito, nenhum adoslecente precisa de terapia. Lá no fundo nós sabemos o que é certo e o que é errado. Não somos mais crianças.
Sabemos que se pararmos um minuto para pensar no futuro ou o que queremos da vida nós iremos em busca, temos garra e força para isso. Não importa o quão difícil seja lidar com as malditas dúvidas, nós sabemos o que queremos se pensarmos com coerência sobre o assunto.
Isso tudo é tão insignificante e incompreendido pelos adultos que só podemos contar com o passar do tempo.

E você? Está refletindo sobre o seu futuro? Você conhece a si mesmo? São perguntas que valem pra qualquer idade. Então trate logo de pensar, pois é isso que esclarece quem somos. Ou seremos.

Colírios, uniões e afins

Antes que o leitor pense que o blog é sobre saúde, explico que há muito tempo colírio deixou de ser apenas uma denominação de remédio para os olhos, ultimamente Colírio é a denominação que os garotos bonitos recebem da revista Capricho e de grupos no twitter chamados Uniões.

Minhas irmãs são donas de uma dessas Uniões e passam a maior parte do tempo na Internet elegendo Colírios e Divas. Certo dia eu fiquei intrigada com esse comportamento e essa devoção e perguntei qual o objetivo disso, ela gaguejou e murmurou algumas coisas que não me convenceram, enquanto eu perguntava mais ela esbravejou: "Por que  você quer saber? Você não tem uma União, você não gosta disso".
E foi aí que, mais uma vez, que eu tive certeza de que a cada dia mais e mais pessoas utilizam uma ferramenta tão legal como a Internet para coisas tão superficiais que me fazem querer ter nascido na época da ditadura.

Com um pouco de pesquisa descobri que, basicamente, o objetivo é conseguir seguidores no Twitter e ficar "famoso(a)". Mas uma fama conquistada apenas pela beleza física.
Apenas me respondam: se você não tem uma mensagem especial para o mundo, algo único que vale à pena lutar, pra que ter muitos seguidores? Para que mais pessoas saibam a que horas você acorda ou o que de óbvio e rotineiro você está fazendo agora? AVÁ, pelamor!

Segundo que, é totalmente desnecessário ficar elegendo pessoas em pódiuns de acordo com a beleza. Isso só contribui para que as elas criem um pensamento totalmente sem-noção de que só as pessoas bonitas merecem ser valorizadas, ou pior, para estar em primeiro lugar é preciso ser belo. Por favor, galera: Não sejam superficiais!

Eu tenho uma sugestão: Que tal buscar algo que será bom para você? Alguma coisa que te servirá algum dia, que te colocará no topo do pódium não pela sua beleza, mas pela sua capacidade de ser sublime!